
Umas são as palavras longas loucas
A extensíssima e decisiva obra de Maria Alberta Menéres na literatura infanto-juvenil teve, de certa maneira, o efeito de eclipsar a projecção pública com a amplitude que merecia do seu trabalho poético. Passámos entretanto a ter disponível a reunião dos seus poemas, publicados em diversos livros e de forma dispersa entre 1952 e 1996. Para esta conversa convidámos Eugénia Melo e Castro, cantora e compositora e filha de Maria Alberta Menéres, propondo uma digressão pela sua obra poética. No fundo procuraremos seguir o desafio de E. M. de Melo e Castro, seu companheiro de uma vida, no texto que serve de posfácio à reunião da poesia de Maria Alberta Menéres: «O melhor é ler e reler, quantas vezes for necessário.» Também porque, como ela própria nos mostra nos seus versos:
Somos o livro que nós próprios lemos,
e desfolhamos…