A Canção dos Velhos Esposos

Creio que o primeiro livro de Loti que li foi Pescador da Islândia. A sua Bretanha era, para mim, exótica o bastante. Mas só os títulos do seu orientalismo, hoje tão criticável
(o que tanto me dá), vieram a cativar verdadeiramente o meu desejo de escapist entertainment, de fuga à realidade circundante, sob a forma de outros espaços e tempos, ainda que caricaturais e eurocêntricos (sim, sou desses, pelo menos quando se trata de ficção e, mais especificamente, de ficção fin de siècle). A Ilha de Páscoa, então, foi um encanto, complementando as narrativas de Jacques-Yves Cousteau, Thor Heyerdahl ou Francis Mazière que lera na adolescência. E, décadas volvidas, quando este conto me veio parar às mãos, estando temporariamente sem trabalho tradutório remunerado, lancei mãos à obra (quem dera que a tradução pudesse ser sempre feita assim, mas há a pequena questão do almoço e do Euromilhões que teima em não chegar…). Espero que se divirtam a lê-lo. Nem sempre é preciso mais do que isso, sobretudo se não se for um chato da pinica, se me é permitida a expressão brejeira. E, já agora, espero que apreciem as ilustrações com que a Ana nos enriqueceu o prazer da leitura. É tudo. Chega? É que, quanto ao estruturalismo, por exemplo, não se me oferece dizer nada. Nadinha.
(Miguel Martins, tradutor)

autor/a
editora
ano de publicação 2025
género: Ficção, Nanook

10,00 

Outros livros de Pierre Loti

Não diponíveis

Do mesmo género: Ficção, Nanook