O Futuro de São Paulo na Década de 1950

Nos anos 1950, São Paulo tornou-se a cidade mais populosa do Brasil e consolidou-se como o principal pólo industrial e económico do país. O seu futuro, até aquele momento, era hegemonicamente representado como o de uma metrópole gigantesca, moderna e pujante, desembaraçada de quaisquer problemas urbanos graças a intervenções urbanísticas de precisão cirúrgica. Nesta perspetiva, São Paulo estava destinada a tornar-se uma cidade gloriosa. No entanto, esse futuro começou rapidamente a transformar-se, quando projeções concorrentes, que imaginavam o caos e a paralisia como desdobramentos inevitáveis do gigantismo metropolitano, passaram a ganhar visibilidade e força. São Paulo, na verdade, estaria destinada à tragédia, caso nada fosse feito para interromper imediatamente o seu crescimento. O choque entre esses futuros produziu uma cidade esgarçada, cujo destino era proporcionar simultaneamente o paraíso e o inferno aos seus habitantes.

Este livro conta a história dessas (e outras) representações do futuro de São Paulo: quando foram elaboradas, quem as cultivou, onde se consolidaram, como interagiam entre si e por que ganhavam ou perdiam força na sociedade paulistana de meados do século XX. Com esse objetivo, ele segue as trajetórias de políticos, intelectuais e articuladores culturais e examina a imprensa local, em função dos papéis que estes elementos desempenharam na constituição dos futuros em disputa.

autor/a
ano de publicação 2024
n.º de páginas 290

14,00 

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