Além da Pele – Repensar, refazer e reivindicar o corpo no capitalismo contemporâneo
O «corpo» está hoje, mais do que nunca, no centro do discurso político, disciplinar e científico. Movimentos feministas, antirracistas, trans e ecológicos vêem-no como território de confronto com o Estado e veículo de práticas sociais transformadoras. Ao mesmo tempo, o corpo tornou-se expressão da crise reprodutiva gerada pela viragem neoliberal e pela agudização das desigualdades e da violência institucional. Em Além da Pele — Repensar, refazer e reivindicar o corpo no capitalismo contemporâneo, Silvia Federici dá continuidade a um dos temas centrais da sua primeira obra, Calibã e a Bruxa, demonstrando como o capitalismo tem vindo a transformar o corpo humano em máquina de trabalho — e o corpo das mulheres em máquina reprodutora de mão-de-obra. Perante esta imagem, Federici contrapõe uma noção distinta: a do corpo que se expande além da pele, que estende a sua continuidade a todos os organismos vivos; um corpo capaz de reunir, em múltiplas possibilidades, o que o capitalismo dividiu.
autor/a | Silvia Federici |
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editora | Orfeu Negro |
ano de publicação | 2025 |
n.º de páginas | 216 |
17,50 €