As Paisagens Propícias
Nas primeiras páginas de As Paisagens Propícias, é-nos dito que a um homem, Paulino, foi pedido que partisse em viagem, pelo deserto, em busca de um outro, o dono incerto de uns papéis achados numa mala. Uma vez encontrado, SRO, é este o seu nome, pede a Paulino que traga até si aquele que o mandara em expedição.
As primeiras páginas deste livro são, portanto, o relato do modo como o narrador, a mando das próprias personagens, partiu em busca da história que aí se começa a contar. Se adiantarmos que os papéis misteriosos são ainda os de «um inglês», quer dizer, os mesmos que há quatro anos intitularam o último romance de Ruy Duarte de Carvalho – Os Papéis do Inglês – , não será desapropriado apresentar este livro como o itinerário do encontro de um narrador com os restos de um livro antigo, ou dizendo ainda o mesmo, o de um autor com o seu próprio projecto romanesco.
autor/a | Ruy Duarte de Carvalho |
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editora | Cotovia |
ano de publicação | 2005 |
10,80 €